quinta-feira, 26 de junho de 2014

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Você é feliz? Eu te faço feliz? Nós nos fazemos felizes? O que são essas incertezas, essa inconstância, essas dúvidas? Não sei o que te responder quando você indaga que estou estranha e me pergunta o que eu tenho. Não sei como te falar que penso em nós. Em como somos. E se isso, às vezes, também não parece tão certo quão tem de ser. Isso me dilacera por dentro. Porque o tamanho do meu amor por ti é gigantesco, a vontade de morar no seu abraço é uma faísca que consome cada centímetro de mim. E, por mais que eu ame tudo ao seu lado, toda vez que escrevo sobre nós tremo. No começo era por causa de uma felicidade que transbordava de mim, agora é porque flutuo e afundo nesses questionamentos. 

Justamente pelo tanto que te amo, sinto-me errada te prendendo à mim sendo que talvez você não é totalmente feliz.

Sei que o meu ciúmes não te agrada, que as minhas vontades soam como loucuras desvairadas aos seus ouvidos, que os meus desejos são infantis e carnais ao seu gosto. Sei que não te completo como você deseja. Assim como você me incompleta. Nossa forma de ser sem encaixe. E esse espaço de atrito e muitas vezes faltoso machuca. Não só a mim. Mas a nós dois.

Sei também que é pior ainda nos prendermos a esse fardo que vem com o amor dissonante.E que nos deformarmos para fazer caber nesse encaixe é cruel e passivo demais. 

E a vida requer ação.

Um comentário:

  1. Quando há briga entre razão e emoção, quem mais sofre é o outro. A gente ama mas pensa que falta algo. A gente quer mas acredita que não é suficiente. Sempre há um questionamento. E aí a gente não vive os momentos presentes porque pensa demais e quando pensa demais, gostaria de ter vivido! Parabéns pelas palavras! :)

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