domingo, 21 de abril de 2013

pela manhã



Laísa tem um amor sem dimensões e explicações por domingos de manhã. Gosta do seu sol morno e preguiçoso aquecendo seus pés e sente-se dividida por tal amor com a brisa fresca e até gelada com cheiro de vida que ele emana. Domingo de manhã tem sabor de família, de pijama com cheiro de cama, de pão quente da padaria do Seu Manoel e leite quente que sua mãe preparava. Esse dia é tão sagrado na parte da manhã, lembra à ela tudo que um dia foi seu, toda a família que acontecia magicamente sob o teto em que morava quando criança. Ela e seu irmão pulando na cama dos pais logo de manhãzinha, o pai ligando a tv para assistir a Fórmula 1 e durante o comercial os matando de cócegas até perderem o ar e implorarem que parasse. Sua mãe assistindo a tudo com um sorriso enorme no rosto, a felicidade se faz sobrenome nos domingos de manhã. A vida tem sabor doce e o dia começa lento mas sem se esquecer dos detalhes importantes... Ela gosta dos domingos de manhã por tudo que lhe remete da infância, sentimentos perdidos entre tantos anos de sofrimentos e separações, amadurecimentos e realizações, ligações que não foram feitas e laços que se desfizeram, a inocência que se perdeu. Domingos de manhã sempre carregam contigo essa sensação de que tudo um dia pode ser recuperado. E Laísa ama os domingos de manhã.

3 comentários:

  1. Amei esse domingo de Laísa.
    Belo recorte <3

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  2. Recortar a infância e pô-la numa manhã.
    Quem não teve uma manhã dessas?

    Laísa me lembrou um pouco de mim numa manhã dessas.
    Dias bonitos! Palavras bonitas...

    Um abraço querida!

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  3. Se Laísa não tivesse recordações tão felizes com domingos de manhã, eu poderia ser ela por ser fascinada pelo dia que só os domingos guardam quando amanhece.
    Bonito!

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