terça-feira, 16 de abril de 2013

o rasante da fênix



Sabe, eu tenho um ritual... Bobo. Mas faz parte de mim.
Toda vez que acaba algum relacionamento, eu o queimo. Simples assim. Pego tudo que ele foi, seus papéis com rabiscos que me fazem sorrir e ao mesmo tempo me aperta o coração, as suas fotos que fiz questão de ter, tudo que serve de combustível pra um chama queimar até o fim... E tudo o que um dia foi vida, fez o meu coração palpitar, ter arritmia dentro do peito e causar essas dores. Tudo que um dia me pertenceu e era seu. Tudo que foi nosso e acabou... Virar cinzas, literalmente. É bonito de se ver essa passagem do concreto para o pó. As cinzas de um amor que deu errado e muitas vezes não passou de uma ilusão. Um ato necessário para se por um ponto final em histórias que tendem a machucar o que não é mais direito delas. Mas, o que me faz repetir esse ritual com fragmentos do meu passado recheado de lembranças de pessoas que eu nunca espero que acabem assim, é o fato de ver as cinzas tão sujas, tão resumidas ao nada, renovarem-se com o tempo e o amor ressurgir como uma fênix, pronto para ser doado e recebido de novo.

Um comentário:

  1. Interessante ver como as pessoas lidam com términos de diferentes formas... Eu nunca queimaria nada huaihuai porque gosto de ter com o que alimentar meu ego triste, mas enfim... Gente desapegada é ótimo!

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