Somos esses pequenos universos ambulantes. Ritmados. Feitos 75% de água. E cheios de sentimentos para dar combustão. Um emaranhado de veias que nos esquentam com sonhos, desejos, convicções e muitas decepções. Todos os dias acordamos e somos estimulados a levantar da cama, nos banhar, trocar de roupas, comer e ir cumprir infindáveis obrigações que nomeiam de vida. Entre uma coisa e outra ainda arranjamos tempo e muita disposição para sermos aquilo que acreditamos, para sorrirmos, para nos perdemos no meio de tantas certezas rotineiras. E é mergulhando em cada espaço sideral alheio que vejo a quantidade de buracos negros que nos consomem diariamente. Usamos nossa força para fincar os pés no chão, nos segurar naquilo que acreditamos e não nos deixar sermos sugados adentro de nossos próprios medos. É uma eterna batalha diária. E somos esses sete bilhões de universos andando por aí... Sem rumo, sem local pra chegada, sem saber o que nós mesmos somos. Nos chocando.
Que delícia de ler!
ResponderExcluirMuito original.. adorei, adorei, adorei.
Tou parecendo boba de repetir assim, mas eu realmente adorei hahahaha
Beijo!
Muito obrigada, Maria! :)
Excluir"E é mergulhando em cada espaço sideral alheio que vejo a quantidade de buracos negros que nos consomem diariamente." Muito existencialista seu texto e, apesar disso, leve. Adorei!
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