sexta-feira, 10 de julho de 2015

minhas páginas rosas

Hoje é sexta-feira à noite e eu não estou fazendo muito além de fumar o meu cigarro e ouvir uma música... Mas talvez essa seja a essência de tudo: procrastinar, dar espaço para os pensamentos respirarem e se tornarem lúcidos. 
Olho pela janela do quarto e não vejo além daquilo que habita em mim. Espero que um dia eu me ache - em mim. 
Percebi, em um lapso de sanidade perdido entre o ócio, que sinto raiva daquilo que desconheço. Porque não tenho parâmetros, porque não posso inferir para poder analisar. E isso é um grande problema, pois tendo a rejeitar as coisas antes delas se fazerem entendidas. E eu que pensei que havia me livrado desta armadura a anos atrás, só percebi que a remodelei. Ela ainda permanece aqui, colada a esta pele crua, mas sob outro disfarce. 
Por favor, quebre-a. Decifra-me. Dispa-me.
Sei que esse é um pedido injusto, mas é sincero. Pois eu mesma me prendo nessas armadilhas mentais e perco a noção da realidade, não sei discernir aonde as neuras começam a me dominar e isso é tão perigoso que mal sei como te contar... Talvez eu nem devesse te sobrecarregar com as minhas erupções, mas sei que estouro com você, então uma breve luz sob esse mar de perdições também possa elucidar algumas coisas para você. 
Perdoa-me por todas estas falhas que me tornam tão humana quanto você e não desiste de mim. 
Especialmente quando estou começando a te querer (sem essa armadura toda). 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Assine também!