quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

manual de instruções

Essa coisa chamada amor, criada essencialmente para nos decepcionar, é feita desse jogo de adivinhações, de compromissos em amar o outro e não deixá-lo se sentir menos do que o mundo o faz. É esperar um gesto carinhoso, uma surpresa boba, um beijo inusitado, é se fazer amor em cada pequena ação dedicada à pessoa amada.
Então, nessa tarde nem tão quente, sou pega pelos pensamentos de que se te conto - como sempre tenho feito para você me amar como preciso, como te amo - , o que nos sobra? O que nos sobra senão atitudes programadas? E falsas ilusões de frio na barriga, de caminhadas planejadas sistematicamente a noite pela cidade, de nem-tão-surpresas-assim?... Penso se, de alguma forma, ainda sobra algum amor natural, singelo.
Já que a sua forma de amar não faz questão de se adaptar à mim.

Um comentário:

  1. Esse amor que (quase) nunca nos acontece da forma desejada.
    Um dia, ainda aprendemos como lidar com (ou sem?) ele.

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