percebi - parte dois

Eu percebi, como um estalo, que a dor é algo tão universal, que todo mundo a sente em algum momento de sua vida e mesmo que não sejamos iguais, que não pensamos iguais, que não vejamos o mundo da mesma forma, a dor está lá. Sempre firme, imponente, fria, imutável. A dor não muda. Não é como muda o amor ou a visão de mundo para cada um de nós. A dor esta sempre lá e sempre da mesma forma.

Mas apesar de toda essa frieza emanda pela dor também percebi que existem pessoas que têm o DOM de espalhar uma pequena e pura parcela de esperança, de amor, de vida, de que o frio irá embora.

As minhas pequenas e escassas referências de todo esse brilhante dom são até bobas de tão conhecidas (Greenpeace, TWOLHA, Love Is The Movement...) mas eu consigo ver pessoas tão bem encaixadas nessas ong's que as realmente não as vejo em qualquer outro lugar.

É como se essas pessoas irradiassem algo tão puro e calmo que só estar ao lado delas, apenas falar com elas, bastasse para implantar toda a semeação de esperança em quem precisa; como se um abraço ou mesmo um simples toque fosse capaz de fazer nossa pele arder, mas não de algo superficial e sim de calor, humano; de prazer, de vida, por viver.

E o mais lindo disso tudo, o mais magnífico, é que finalmente percebi:

Não são apenas eles. Somos todos nós. Todos temos esse incrível dom de transmitir amor, calor, e paz. Basta apenas estarmos "sintonizados" nesta estação.

E então, vamos sintonizar?

Beijos, Ks.