a tua cômica cena
eu bordo nesse poema
o teu ventre vazio
eu desfaço fio a fio
aquele teu rancor
aqui não deságua, "meu amor"
tua infantil fúria
guarde pra quem a ature
eu quero é ser livre
cansei de ser amarrada
presa sem cordas
falando sem voz
marionete do seu jogo fugaz
alimentando um ego
que não sabe se sustentar
fujo esbravejando o peito em vento
corro sem me preocupar
com você e tanto desalento
nessa cama tão solteira
você não vai mais se sujar
pode chorar...
já conhecemos o seu drama
ele já passou
tão démodé